O telefonema foi atendido por um militar que entendeu que se tratava de um pedido de socorro. Veja abaixo o diálogo entre a vitima e o policial:
PMDF: Polícia militar
Mulher: Boa noite, amigo. Eu fiz um pedido, pelo amor de Deus
PMDF: Pedido de que?
Mulher: Pedi uma pizza e não tá vindo
PMDF: Qual o nome da senhora? Eu entendi o que a senhora tá falando. Vou mandar até um refrigerante geladinho. Qual o endereço completo aí, senhora?
Mulher: Você pode vir logo? Eu tô com fome
PMDF: Tá bom. Vai rapidinho tá? É só aguardar
Mulher: Obrigada, eu agradeço. Gratidão(diz chorando)
O policial que atendeu a ligação entendeu que se tratava de um pedido de socorro e mandou uma equipe até o endereço. Ao chegar ao local, a mulher saiu da casa correndo e disse que estava em cárcere privado, sendo vítima de estupro e tortura.
“Não estava sendo permitido ela sair de casa, ter contato com ninguém. Informou que ele estava com uma faca e que ela estava sendo ameaçada constantemente”, diz o sargento Fábio Cabral, que atendeu a ocorrência.
O suspeito de cometer o crime tem 60 anos, e foi autuado pela Lei Maria da Penha. Segundo a vítima, ela tinha um relacionamento com o homem há cinco meses. A mulher passou por exames no IML.
Como denunciar a violência contra as mulheres?
A Secretaria de Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP) tem canais de atendimento que funcionam 24h. As denúncias e registros de ocorrências podem ser feitos pelos seguintes meios:
- Telefone 197
- Telefone 190
- E-mail: [email protected]
- Delegacia eletrônica
- Whatsapp: (61) 98626-1197
O DF tem duas delegacias especializadas no atendimento à mulher (Deam), na Asa Sul e em Ceilândia, mas os casos podem ser denunciados em qualquer delegacia.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) também recebe denúncias e acompanha os inquéritos policiais, auxiliando no pedido de medida protetiva na Justiça.
Fonte: G1DF