O Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) registrou 11 atendimentos relacionados a acidentes com patinetes elétricos somente no mês de abril de 2025. As ocorrências, que envolvem desde escoriações até lesões mais graves, acenderam um alerta entre os profissionais de saúde.
O perfil das vítimas é majoritariamente jovem: a média de idade é de 22 anos, com 64% dos casos envolvendo homens e 36% mulheres. Os extremos da faixa etária surpreendem: a vítima mais nova tinha apenas 6 anos, enquanto a mais velha, 51.
Entre os ferimentos registrados, estão três casos de traumatismo cranioencefálico leve (TCE), dois traumas faciais, cinco em membros e um trauma torácico. Quatro pacientes precisaram de suturas, e dois sofreram fraturas graves — uma na clavícula, que exigiu cirurgia, e outra nas regiões da tíbia e fíbula.
Os números se mantêm em um patamar semelhante ao do Carnaval, em março, quando o HBDF registrou 10 acidentes com patinetes em apenas quatro dias de folia. Para os médicos, o uso imprudente dos equipamentos tem relação direta com o aumento nos atendimentos.
Renato Lins, chefe do Centro de Trauma do hospital, chama atenção para a variedade e a gravidade dos casos. “Atendemos desde jovens com ferimentos leves até pacientes com fraturas sérias e traumatismos cranianos. A presença de crianças entre as vítimas, muitas sem qualquer tipo de proteção, é especialmente preocupante”, afirma.
Lins reforça a importância do uso de capacete, joelheiras e outros itens de segurança, além da obediência às regras de trânsito. “Se todos utilizassem os equipamentos de proteção corretamente, poderíamos evitar muitas dessas lesões. São medidas simples que salvam vidas”, alerta.
Credito: Metropoles-DF