Após os protestos contra o fechamento da Associação dos Amigos dos Autistas do Distrito Federal (AMA-DF), a Secretaria de Saúde assumiu o compromisso de encontrar um novo local para que o projeto continue suas atividades. A instituição oferece apoio e educação para jovens e adultos diagnosticados com autismo severo no Instituto de Saúde Mental (ISM), no Riacho Fundo, mas recebeu uma ordem de despejo.
Uma reunião foi realizada nesta sexta-feira (19/5) com a presença da secretária de Saúde do DF, Lucilene Florêncio, o deputado distrital Eduardo Pedrosa (União Brasil) e a presidente da AMA-DF, Gisele Montenegro, para discutir o futuro do projeto. Ao final da conversa, a Secretaria de Saúde prometeu encontrar um novo local para que a AMA possa continuar suas atividades.
Eduardo Pedrosa, presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Pessoas com Autismo, afirmou que as negociações foram iniciadas para evitar o fechamento da AMA e que a secretaria buscará um novo espaço, além de ampliar a capacidade de atendimento para não deixar as famílias desamparadas.
Gisele Montenegro relatou que a Secretaria de Saúde afirmou que não haverá um despejo imediato da AMA-DF. Ela comemorou o fato de a secretaria ter apresentado uma proposta de terreno em Samambaia e uma parceria para expandir o atendimento, sendo a primeira vez que o Governo do Distrito Federal (GDF) apresenta uma proposta.
No entanto, Montenegro acredita que seria ideal encontrar um local mais centralizado para ampliar os serviços para todo o Distrito Federal. Além disso, as tratativas ainda não foram oficializadas, e o futuro da AMA-DF depende da assinatura de um convênio com o GDF.
A Secretaria de Saúde confirmou a promessa de encontrar um novo local para a AMA, mas não foram estabelecidos prazos.
Em relação ao despejo, uma notificação judicial determina a reintegração imediata da posse do imóvel, inclusive com o uso de força policial e arrombamento da porta, se necessário, para cumprir a ordem.
Desde 2018, a Secretaria de Saúde do DF ameaça despejar a AMA-DF, mas em janeiro de 2022, após uma mobilização e apelos públicos, a desocupação foi suspensa. No entanto, agora é necessário uma solução definitiva para o caso.
Em 2022, a Secretaria de Saúde afirmou que buscava uma medida que respeitasse a legislação aplicável e que também atendesse à comunidade afetada. Apesar do risco de despejo, a AMA-DF continuou seu trabalho normalmente, suspendendo as atividades apenas quando necessário devido à Covid-19.
Em 2023, a associação suspendeu o atendimento no primeiro semestre devido às negociações com o GDF, mas planeja retomar as atividades no segundo semestre deste ano através de um chamamento público para novos assistidos e voluntários.