A guerra entre grupos de traficantes que motivou duas execuções ocorridas entre o último sábado (21/10) e a segunda-feira (23), em Ceilândia, é apenas mais um capítulo de uma história violenta que se perpetua há pelo menos duas décadas e encharca de sangue as ruas que cortam os conjuntos das quadras QNN 3, 5, 8 e 22.
Um confronto de gerações, com a velha guarda do tráfico de um lado e dissidentes do antigo grupo que se aliaram a facção criminosa Comboio do Cão, funciona como um combustível fatal que eleva o número de mortes violentas na maior região administrativa do Distrito Federal. Nestas quadras, o tráfico determina o tipo de droga a ser revendida. Enquanto o crack predomina na 3, a maconha é a campeã de vendas na 5, e a cocaína “comanda” na 8 e 22.