A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Samambaia enfrenta superlotação após a explosão de casos de dengue, com pacientes nos corredores, mais do que o dobro de atendimentos suportados pela equipe do local e doentes virando a noite sem conseguirem avaliação.
A denúncia é da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), que fez uma diligência no local ontem, sexta-feira (2/2).
Segundo informações colhidas pela equipe da Comissão, a UPA de Samambaia fechou o mês de janeiro com 12 mil atendimentos, quando a estrutura da unidade só comporta cerca de 5 mil mensais.
Pacientes chegaram a citar na manhã de hoje que estão desde a noite de quinta-feira no local, e ainda sem receber avaliação médica.
Vídeos gravados pela Comissão mostram a superlotação. Uma sala verde acabou precisando ser improvisada como sala de internação. Aqueles diagnosticados com dengue tipo C, que é menos grave, ficam recebendo atendimento na UPA.
Já aqueles com teste detectando o tipo D, mais grave, são encaminhados para o Hospital Regional de Samambaia (HRSam).
A Comissão de Direitos Humanos, presidida pelo deputado distrital Fábio Felix (PSol), vem recebendo diversas denúncias relacionadas aos atendimentos de pessoas com dengue no DF. Fábio esteve na UPA e também vai visitar as tendas de atendimentos montadas pelo governo.
Na tenda de Samambaia, a equipe parlamentar colheu informações de que cerca de 300 pessoas por dia passam por ali para realizar testes e hidratação, por exemplo.