Um homem foi condenado a 16 anos e nove meses de prisão por tentar matar o ex-sogro, além de proferir ameaças, constranger e descumprir a medida protetiva contra a antiga companheira e sogra no Distrito Federal.
Conforme a decisão do Tribunal do Júri de Brasília, Lucas da Silva Carneiro terá que cumprir a pena de reclusão em regime inicial fechado.
O crime foi cometido por volta das 2h30 de 6 de setembro de 2022. Segundo a denúncia do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), naquela ocasião Lucas foi até uma chácara no Lago Norte e exigiu ver o filho que tem com a ex-companheira. O pai dela, porém, recusou liberar o neto, e o acusado fingiu aceitar ver criança apenas no dia seguinte. Logo depois, porém, ele voltou, arrombou a porta da casa e atacou o ex-sogro com um machado.
Lucas também ameaçou a ex-companheira, que na época tinha 16 anos, e a sogra. Os jurados entenderam que o crime foi cometido por motivo torpe e com métodos que dificultaram a defesa da vítima.
Além disso, o réu já foi preso por agredir a antiga mulher e, por isso, devira cumprir medida de afastamento, que foi descumprida na ocasião. Para a juíza que presidiu o júri, o réu apresenta “habitual comportamento delitivo em crimes praticados no contexto de violência doméstica e familiar contra a mesma e outra vítimas, demonstrado pelas condenações anteriores e pelos depoimentos das vítimas”.
Os delitos foram praticados na frente dos filhos e neto do sogro, todos menores de idade. A magistrada destacou que o filho mais velho da vítima, após presenciar o crime, surtou e ficou mais de um mês desaparecido. Ele desenvolveu problemas psiquiátricos, como síndrome do pânico, depressão e medo de morrer, complicações que persistem até hoje.
A magistrada manteve a prisão preventiva do réu e não concedeu a ele o direito de recorrer em liberdade.