Uma faculdade de medicina de Nova York, nos Estados Unidos, irá deixar de cobrar pagamentos de seus estudantes após receber uma doação de US$ 1 bilhão (quase R$ 5 bilhões). O incentivo para mudança no regime da Faculdade de Medicina Albert Einstein, no Bronx, partiu de Ruth Gottesman, ex-professora da instituição. As informações são do jornal The New York Times.
“Estou feliz em compartilhar com vocês que, a partir de agosto deste ano, a Faculdade de Medicina Albert Einstein será gratuita”, anunciou Gottesman em um vídeo publicado na rede social X, antigo Twitter, nesta segunda-feira (26/2).
O Bronx é considerado um dos bairros mais pobres de Nova York. O bairro ficou em último lugar no ranking de crescimento de empregos de 1990 a 2014, com 17,7%, segundo o Departamento do Trabalho do estado.
O custo da faculdade de medicina para seus alunos era em torno de US$ 59 mil por ano (cerca de R$ 293 mil), o que gerava dívidas significativas para os estudantes.
O reitor da universidade, Yaron Yomer, declarou em nota que o presente “revoluciona radicalmente nossa capacidade de continuar atraindo estudantes que estão comprometidos com nossa missão, não apenas aqueles que podem pagar”.
Gottesman lecionou na Faculdade de Medicina Albert Einstein, onde desenvolveu novas modalidades de diagnóstico e tratamentos para crianças com dificuldades de aprendizagem. Ela também foi responsável por um programa de alfabetização para adultos.
A doação da professora é uma das maiores para uma instituição de educação nos Estados Unidos. A quantia foi herdada por ela após o falecimento do seu marido, David Gottesman.
David Gottesman fundou uma importante agência de investimentos e foi um dos primeiros investidores na empresa norte-americana Berkshire Hathaway. Ele faleceu em 2022, aos 96 anos, e deu instruções para “fazer o que achar certo” com a fortuna.
