Mais de 2 mil toneladas de lixo chegam todos os dias ao aterro do Distrito Federal. Em um mês, são, em média, 62 mil toneladas de resíduos. Desse quantitativo, apenas 10% teriam a destinação correta no local.
O aterro foi dividido em quatro módulos: a etapa 1, já executada; a etapa 2, atualmente em operação; a etapa 3, quando finalizada, deve ter vida útil de 1 ano e 6 meses; e a etapa 4, maior, com previsão de 3 anos de vida útil.
De acordo com relatório do SLU, com o espaço adicional, a área total será de 320 mil metros quadrados, possibilitando volume de 4,42 milhões de metros cúbicos. Isso significa que a área do aterro pode chegar a aproximadamente 30 campos de futebol, o suficiente para abastecer 1.766 piscinas olímpicas.
O presidente da Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren), Yuri Schmitke, afirma que pensar em uma solução a longo prazo é fundamental. “O assunto é crítico e o DF precisa tratar o resíduo, sob pena de ter de exportar o lixo para ser enterrado no Entorno, no futuro, com elevados gastos de transporte e emissão de gases de efeito estufa dos caminhões.”
Schmitke aponta que o GDF poderia ser pioneiro ao investir em projetos de usinas de recuperação energética. Segundo dados da Abren, essas usinas possuem sistemas para filtrar os gases provenientes do processo, de maneira que, ao final, restam apenas vapor d’água e quantidades insignificantes de poluentes. “Atualmente, o processo é tão moderno que, em termos proporcionais, uma churrascaria causaria mais dano ao meio ambiente que o vapor exalado de uma chaminé de uma usina de recuperação energética de resíduos”, comparou.
De acordo com dados da associação, o modelo de recuperação energética, que consiste na incineração de resíduos, é adotado em diversos países. O Japão lidera, com 1.026 plantas de incineração, a China vem em segundo lugar, com 622, e a Coreia do Sul em terceiro, com 256.
Fonte Metrópoles