As datas do calendário de reposição escolar no Distrito Federal serão definidas nos próximos dias. As aulas atrasaram por conta da greve dos professores iniciada em 2 de junho e finalizada nesta quarta-feira (25/6).
De acordo com a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, a reposição será definida junto ao Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF).
“O mais importante é os alunos concluírem o semestre”, lembrou. “Isso foi um compromisso firmado. Vamos nos sentar com o sindicato na semana que vem para definir o calendário de recomposição das aulas, concluindo o primeiro semestre em julho no período de recesso e abrindo uns dias de recesso no início de agosto”, detalhou.
Acordo
Após votação apertada em assembleia, a categoria decidiu encerrar a greve. Na proposta apresentada, o Governo do Distrito Federal (GDF) prometeu nomear, até dezembro deste ano, ao menos 3 mil aprovados em concursos da Secretaria de Educação (SEEDF). Atualmente, segundo a categoria, a rede pública de ensino tem 15 mil educadores temporários e 9.420 efetivos.
Além disso, o Executivo local assumiu o compromisso de dobrar os valores das gratificações por titulação de pós-graduação e de não cortar o ponto dos grevistas – ao contrário do prometido pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).
Os efeitos dos novos percentuais – de 10% para especialização, 20% para mestrado e 30% para doutorado –, os efeitos na tabela salarial começariam em janeiro de 2026.
À coluna Grande Angular Ibaneis comentou a decisão: “[Esse] foi um processo de bastante negociação iniciado por mim. Ficamos felizes com a compreensão dos professores para voltarmos a prestar o serviço que a sociedade espera de todos nós”.
O acordo com as propostas do Governo do Distrito Federal (GDF) será homologado nesta quarta no Tribunal de Justiça (TJDFT), em uma reunião com representantes do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) e do GDF.
Confira as propostas do GDF
- Envio pelo Executivo local à Câmara Legislativa (CLDF) de projeto de lei para progressão horizontal dos servidores e adoção de percentuais de salário em dobro, a partir de janeiro de 2026, para professores com titulação: 10% para especialização; 20% para mestrado; 30% para doutorado – o dobro do que é hoje;
- Ao menos 3 mil nomeações até dezembro deste ano;
- Prorrogação do concurso que vencerá em 27 de julho próximo;
- Abertura de concurso público para o magistério, com publicação de edital no primeiro semestre de 2026;
- Pagamento integral dos dias descontados pela greve e em folha suplementar, lançada um dia após o pagamento de julho ou na mesma data dele;
- Recomposição do calendário escolar, com reposição das aulas ainda neste primeiro semestre e recesso na primeira semana de agosto;
- Manutenção de mesa permanente de negociação para discutir reestruturação da carreira; e
- Atestado de acompanhamento para professores em contrato temporário.
Categoria dividida
Parte dos educadores favoráveis à continuidade do movimento paredista questionou o resultado da votação da categoria.
Os educadores indignados protestaram contra a direção do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF). “Vergonha! Vergonha! Sinpro sem vergonha!”, gritaram. Os docentes revoltados chamaram os diretores de “pelegos” e “traidores”.
Fonte: Metrópoles-DF