Na noite desta quinta-feira (11), o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, retornou à sua casa em um condomínio fechado em um bairro nobre de Brasília, onde cumprirá prisão domiciliar. Ele estava acompanhado de seus advogados e utilizando uma tornozeleira eletrônica, conforme condições estabelecidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para sua liberdade provisória.
Além do uso da tornozeleira eletrônica, o ministro determinou a suspensão do porte de arma de fogo, proibiu a saída de Torres do Brasil e impôs restrições, como a proibição de uso das redes sociais e o contato com outros investigados no inquérito relacionado aos eventos de 8 de janeiro. Torres também deverá permanecer afastado do cargo de delegado da Polícia Federal.
O ex-ministro retornou para casa após deixar o 4º Batalhão de Polícia Militar do Distrito Federal, onde estava detido desde 14 de janeiro sob suspeita de omissão em relação aos atos extremistas ocorridos em Brasília. Ele é investigado não apenas pela suposta omissão em 8 de janeiro, mas também por uma possível interferência na Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições do ano passado. Em seu depoimento, Torres negou qualquer interferência no órgão durante o período eleitoral.