A Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob) alterou a portaria que prevê a extinção do uso de dinheiro físico nos ônibus: agora, a mudança será gradativa, com previsão para chegar a 100% dos coletivos até o fim do ano.
A medida teve início em maio, quando 134 ônibus passaram a circular em fase de teste com o validador habilitado para receber pagamentos por meio eletrônico. Esses veículos circulam pelas regiões de Taguatinga, Ceilândia, Park Way, Guará e Águas Claras.
Segundo a Semob, a intenção inicial era que, a partir de 1º de julho, o uso do dinheiro estivesse extinto em mais linhas.
Postos de pagamento
O texto publicado no Diário Oficial (DODF) desta quarta-feira (19/6) afirma ainda que a utilização de dinheiro em espécie para o pagamento das passagens será possível em alguns pontos de comercialização, distribuídos em todas as regiões do Distrito Federal.
A Semob afirma que indicará, de forma gradativa, as linhas que terão o pagamento em dinheiro realizado fora dos ônibus. Os pontos de comercialização e as linhas afetadas, porém, ainda não foram informados.
“A Secretaria de Transporte e Mobilidade, juntamente com o Banco de Brasília, definirão as regras do pagamento em espécie dentro dos ônibus, observados os aspectos de segurança de garantia de atendimento ao princípio da universalidade de acesso ao transporte público”, diz trecho da norma.
Como funciona o cartão mobilidade
De acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF), existem seis tipos de cartões do Sistema de Bilhetagem: Mobilidade, Vale-Transporte, Estudantil, Especial, Criança e Sênior
Segundo a pasta, o cartão mobilidade é específico para uso no transporte público coletivo do DF. A pasta o considera “uma opção importante para o passageiro, pois dá direito à integração tarifária que permite até três embarques no mesmo sentido (ida ou volta) no prazo de até três horas, com apenas uma tarifa em vez de pagar três passagens”.
A integração pode ser feita em qualquer parada de ônibus, estações do metrô e nos terminais rodoviários. Atualmente, os ônibus do DF cobram passagens de R$ 5,50 (longa e metrô), R$ 3,80 (ligação de RAs) e R$ 2,70 (curta). Mas o valor máximo da passagem integrada para quem utiliza cartão de transporte é de R$ 5,50, mesmo que o passageiro utilize trajetos de diferentes preços.
A Semob frisa que, após a extinção do uso de dinheiro dentro dos ônibus, a recarga do cartão poderá ser feita mediante pagamento em dinheiro no pontos de atendimento.