A Justiça marcou as audiências de testemunhas no caso do assassinato do motorista de transporte escolar, morto após discussão com um vizinho, em Samambaia Norte, em fevereiro de 2025.
Durante o desentendimento no meio da rua, o empresário Francisco Evaldo de Moura, 56, atirou contra o motorista e seu filho, Gabriel Ferreira Gomes, 20. O rapaz não foi atingido. Adriano foi alvejado e não sobreviveu.
Testemunhas de acusação e defesa deverão ser ouvidas em audiências nos dias 6 e 25 de maio. Após as oitivas, o juiz vai decidir qual será o encaminhamento do processo. Francisco está preso preventivamente.
A partir das audiências, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a assistência da acusação e a da defesa do acusado vão apresentar suas respectivas alegações sobre o caso.
Na sequência, o juiz definirá o andamento do processo. Uma possibilidade é o encaminhamento para julgamento pelo júri popular.
Segundo o advogado de acusação, Marcos Akaoni, testemunhas vão apresentar mais informações sobre o dia do assassinato e a respeito das brigas entre o empresário o motorista e outros vizinhos, antes da data dos tiros.
Perdas
“A família de Adriano está bem abalada. Não havia condições de ficar na casa. Eles tiveram de se mudar. Sofreram uma queda significativa da renda, porque Adriano era o provedor. É uma situação bem delicada”, contou.
De acordo com o advogado, Gabriel cogita deixar a faculdade para começar a trabalhar para complementar a renda da família diante da perda do pai.
A acusação apresentou a nova qualificadora de “perigo comum” para aumentar a pena caso de condenação, porque os tiros poderiam acertar outras pessoas. “Inclusive no vídeo com o flagrante aparece uma senhora”, completou.
A acusação trabalha pela condenação máxima do acusado. “Com o acréscimo da nova qualificadora, agora temos quatro no total, e a pena pode variar entre 18 anos e 25 anos. Queremos a pena máxima”, concluiu.
No dia seguinte ao homicídio, o empresário se apresentou à 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte). Ao Metrópoles, horas antes de se entregar, o homem confessou o assassinato e disse se arrepender “amargamente”.
Na delegacia, a defesa do empresário entregou a pistola usada no crime para um policial. A arma estava com uma munição na agulha, retirada no momento da apreensão.
De acordo com o empresário, a arma do crime pertence ao filho dele, que seria policial do Exército.
Crédito/Fonte: https://www.metropoles.com/distrito-federal/juiz-ouve-testemunhas-que-viram-motorista-escolar-ser-executado-na-rua