Tornar o esporte mais inclusivo e democrático é a premissa do Programa Judô para Todos. A iniciativa é voltada ao judô adaptado, com atendimento prioritário a pessoas com deficiência. A secretária nacional de Esportes de Alto Desempenho do Ministério do Esporte, Marta Sobral, visitou o Centro Educacional 123 de Samambaia (DF), onde as aulas são ministradas três vezes por semana, de forma gratuita, a cerca de 40 jovens, a partir de 12 anos.
“Queremos mostrar que temos esportes inclusivos no Brasil. É isso que nosso presidente quer, é o que a nossa ministra quer. A gente tem que levar o esporte para onde se precisa, onde tem necessidade. É isso que a gente quer para todo o país, para que todos nós tenhamos a oportunidade de fazer esporte”, disse a secretária.
Em Samambaia, o projeto é ministrado pela sensei 4ª Dan Ana Paula Caracelli, diretora de Judô Inclusivo pela Federação Metropolitana de Judô (Femeju). Segundo ela, o judô mostra que as deficiências não são empecilhos para o esporte. “A gente trabalha com a inclusão. Nossos treinos são mistos, com alunos da comunidade e da escola. O judô é uma ferramenta de inclusão em todos os sentidos. Trabalhamos o caráter, a formação dessas crianças, o judô como filosofia de vida”, comentou.
O trabalho já tem colhido frutos. Janaína Gomes, que tem deficiência intelectual (DI), foi campeã mundial na Itália em 2017 e vice-campeã na Holanda em 2018. Outro atleta do grupo, Jones Castro (DI) conquistou o campeonato sul-americano em 2021 e o brasileiro em 2022. Já em abril, as atletas Isabella Souza e Barbarah Ferreira vão disputar o Special Needs World Judo Games, na Holanda.
Parceria com a França
No marco de 500 dias para os Jogos Olímpicos de 2024, em março, todas as embaixadas francesas realizarão um evento esportivo para promover a competição e a inclusão social por meio do esporte de alto desempenho. Em Brasília, o Ministério do Esporte e a embaixada da França já se aproximaram para conhecer projetos sociais que se utilizam do esporte.
O conselheiro de Cooperação Técnica da embaixada, François Legué, destaca que a França está empenhada em apoiar uma revolução esportiva, mostrando ao mundo que o esporte pode mudar tudo e que merece uma posição proeminente na sociedade.
“Para nós é muito importante conhecer esses projetos inclusivos, de origem social, e participar da difusão do esporte no Brasil. O esporte ensina a despertar o jovem, é uma aula de vida onde se aprende a ganhar e a perder”, disse, reforçando a importância da parceria com o Brasil para promover os valores do esporte.
Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte