Policiais civis da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia) foram surpreendidos, na manhã de sábado (6/7), por um veículo desgovernado que invadiu o pátio da unidade e colidiu contra o carro de um escrivão.
A situação inusitada atraiu a atenção de policiais, que saíram da DP e se depararam com o condutor do automóvel encharcado de sangue. Apesar da tentativa dos servidores em acionar o socorro, o motorista teve o óbito declarado no local.
Segundo o boletim de ocorrência, depois do alvoroço, um casal procurou a mesma delegacia para registrar ocorrência contra o motorista, sem saber que ele estava morto. Ao identificarem o veículo do homem, o casal contou que o falecido teria tentado atropelar um deles e fugido em seguida.
Policiais, então, foram ao local da tal tentativa de atropelamento e encontraram uma câmera de segurança.
De acordo com as imagens, o motorista circulava com velocidade reduzida em frente à casa do casal. De repente, a mulher sai da residência com um facão nas mãos, segue em direção ao veículo e faz movimento como se estivesse esfaqueando o condutor.
Em seguida, o marido da mulher se aproxima, diz algo para o motorista e se afasta. O condutor, então, dá ré em direção ao casal, que revida golpeando o veículo. Pela segunda vez, a mulher se aproxima da janela do carro e torna a fazer movimentos de golpes com a faca. Nesse momento, o carro deixa o local com velocidade reduzida.
Conforme relatado, o interior do veículo estava com muito sangue. Inicialmente, os policiais desconfiaram que o motorista tivesse sido alvejado. Contudo, identificaram que o ferimento fatal foi na mão, feito por uma faca. O homem sangrou até morrer.
Com as imagens, agentes confrontaram a mulher, que confessou ter mentido por ter ficado “assustada e com medo”. Ela disse que o homem era um cliente do bar dela e do marido, e que frequentemente ameaçava os dois.
No dia do ocorrido, segundo relatou, o cliente teria gritado de dentro do carro ameaçando a família da mulher. Ela foi presa em flagrante e autuada por lesão corporal seguida de morte.
Crédito: Metropoles-DF