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Mulher é enganada por agência de modelos do DF e toma prejuízo

Uma moradora de 86 anos do Distrito Federal passa por sufoco desde o início da semana, após tentar cancelar um contrato com uma agência de modelos. Ela diz que a agência prometeu entregar álbuns de fotos e levá-la para desfiles de moda. Mas, depois de algumas horas, ela desistiu e quis suspender o contrato. Desde então, os responsáveis estariam “enrolando” e não teriam cancelado o contrato. O caso foi parar na Polícia Civil (PCDF).

Segundo a moradora da Asa Sul, que prefere não se identificar, o perfil da Elitte Assessoria entrou em contato com ela pelas redes sociais. Na terceira vez, na segunda-feira (24/1), ela concordou em ir conhecer a agência, localizada na Asa Norte.

“Passei horas, das 15h até as 20h conversando com eles. Tiraram fotos e a todo momento me prometiam coisas. Tudo de melhor que você pode imaginar”, diz.

Depois das fotos, ela assinou um contrato com a agência. “Passei o cartão de crédito no valor de R$ 1,5 mil por um pacote de serviços”. Depois, conversando com a família, a mulher quis desistir de ser agenciada pela empresa. Porém, ao entrar em contato com os responsáveis, não conseguiu ter o dinheiro de volta.

“Não é nem pelo dinheiro que perdi, mas tenho saúde frágil e, desde que tudo aconteceu, tenho de tomar remédios para não passar mal”, relata. “Minha intenção é que outras pessoas não caiam nessa”.

O outro lado

Procurada, a Elitte Assessoria informou que a mulher aceitou “livremente ser agenciada e contratar a empresa”. Na versão do estabelecimento, a devolução integral do valor “não se mostra razoável, devido à realização parcial dos trabalhos”.

Golpes em modelos

Como o Metrópoles mostrou nos últimos anos, é comum agências de modelos se envolverem em problemas com clientes. Em 2020, modelos brasilienses acusaram a empresa Ü Models Brasil de golpe. Os candidatos convocados pelas redes sociais deveriam arcar com os gastos da produção de um book – portfólio onde constam fotos selecionadas do modelo tiradas pela agência e usadas como ferramenta de divulgação do agenciado.

Pelos livros, a empresa cobrava valores entre R$ 1 mil e R$ 1,7 mil. A promessa, de acordo com os denunciantes, era de fotografias de qualidade tiradas por profissionais. As vítimas, contudo, relatam que, após o pagamento solicitado pela agência, a Ü Models Brasil não cumpria com o acordo ou apresentava fotografias amadoras, sem qualquer tratamento.

Revoltados, os modelos até criaram um perfil na rede social chamado Ü Models Te Engana.

O esquema é bem parecido com o praticado pela Elitte Assessoria contra a mulher de 86 anos.

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