Em nota, advogados da família do motorista Adriano de Jesus Gomes, 50 anos, morto após ser baleado na quinta-feira (6/2) pelo vizinho dele, o empresário Francisco Evaldo de Moura, rebateram a tese da defesa do autor dos disparos, que alegou legítima defesa.
Os advogados, que atuam na assistência de acusação no processo movido pelo Ministério Público do Distrito Federal (MPDFT) contra o empresário, disseram que insistirão “na busca pela verdade e justiça” pela morte de Adriano e tentativa de homicídio do filho dele, identificado como Gabriel Ferreira Gomes, 20 anos.
“Diferentemente do que sustenta a defesa do acusado Francisco Evaldo de Moura Silva, a assistência de acusação demonstrará, por meio da análise das imagens externas e câmeras de segurança, da avaliação comportamental e dos depoimentos das testemunhas ainda não ouvidas, que não se trata de um caso de legítima defesa”, diz nota assinada pelos advogados do escritório Akaoni e Cardoso Advogados Associados.
“A gravidade dos fatos exige uma atuação firme e responsável, motivo pelo qual a assistência de acusação buscará a imposição de todas as qualificadoras cabíveis. A família das vítimas acredita no trabalho da Justiça e espera que o processo transcorra com a seriedade e o rigor necessários para alcançar uma condenação justa e proporcional à violência praticada”, finalizou a nota.
Brigas constantes
Francisco confirmou que havia provocações entre ele e a vítima desde quando se mudou para a casa, há cerca de 15 anos.
Pouco antes do crime, o comerciante e o motorista discutiram por causa do local onde Adriano estacionava o ônibus escolar na vizinhança.
Motorista era admirado
Querido por familiares, amigos e vizinhos, o motorista de transporte escolar Adriano de Jesus, era admirado pela personalidade que tinha, o “tio” Adriano era estimado pelo talento musical.
Cantor, violinista e guitarrista, o motorista fazia parte da equipe de louvor da Capela Santa Luzia, em Vicente Pires, e da paróquia Imaculada Conceição de Maria, no Setor de Mansões de Taguatinga.