Júlio Cesar Tomé de Paiva, sargento do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, está no centro de acusações relacionadas a fraudes imobiliárias. Alegadamente, apresentando-se como CEO da Arena Business e corretor, ele estaria vendendo propriedades inexistentes.
Uma das vítimas, que prefere não se identificar, contou ao Metrópoles que adquiriu um imóvel na planta, em Águas Claras com Júlio Cesar, sem nenhuma intercorrência. Em 2021, o sargento entrou em contato com ela com uma proposta de um investimento num negócio imobiliário em Samambaia.
O bombeiro chegou a enviar informações do negócio, como projeto pronto para liberação do alvará e construtora contratada para execução da obra. A vítima e seu esposo foram convidados para ir ao escritório pessoalmente para que Júlio Cesar pudesse explicar melhor sobre o empreendimento.
O prazo de entrega para o empreendimento era julho de 2022. A venda foi fechada por R$ 70 mil, pagos da seguinte forma: um sinal de R$ 20 mil em 26 de março e mais R$ 50 mil em 30 de março. As parcelas foram pagas via TED.
Meses depois, ainda não havia notícias sobre as obras. Desde setembro de 2021, a vítima tenta reaver o dinheiro investido no imóvel falso vendido por Júlio Cesar. “Tentamos negociar extrajudicialmente por meses, mas, a cada contato, ele passa uma informação diferente”, relata. Foi então, em junho deste ano, que ela decidiu registrar boletim de ocorrência na Polícia Civil.
Esse é apenas um dos casos de golpes imobiliários aplicados por Júlio Cesar. Em 2022, ele foi condenado por estelionato. Em outro caso, foi condenado pela Vara de Auditoria Militar a 4 anos de reclusão em regime aberto.
O CBMDF afirma que está ciente do fato e que o militar já recebeu condenações criminais, tanto na justiça comum quanto na justiça militar, além de sanção na esfera administrativa.