Na manhã desta quinta-feira (17/8), Eliaquens de Sousa dos Santos, conhecido como “Patrãozinho”, residente na cidade paraense de Marabá e apelidado de ‘Prefeito’ local, foi detido pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Ele é apontado como o líder de uma rede criminosa que causou prejuízos estimados em R$ 300 milhões ao longo da última década, espalhando golpes bancários em três estados: Pará, Goiás e Distrito Federal.
O suposto “Patrãozinho” amealhou uma fortuna com as engrenagens do esquema fraudulento, adquirindo propriedades e veículos de luxo através de laranjas, sem deixar qualquer rastro de seu nome nos registros. O modus operandi incluía investimentos em negócios como revendas de gás, lojas de veículos e lava-jatos, onde o dinheiro ilícito era lavado.
A organização criminosa era especializada em estelionato, sobretudo em fraudes bancárias, recorrendo à invasão de contas por meio de links falsos ou programas maliciosos. A operação Big Boss, que resultou na prisão de “Patrãozinho”, contou com a colaboração das polícias de diversos estados, incluindo Goiás, Espírito Santo e Pará, bem como o Núcleo de Combate a Crimes Cibernéticos (NCyber) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).
A estrutura criminosa dividia os lucros dos golpes, com metade do dinheiro indo para os membros do grupo e a outra metade destinada aos programadores que auxiliavam nas invasões hacker. Além disso, a investigação revelou que o líder da quadrilha era conhecido como “patrão” entre seus comparsas.
No desdobramento da operação, nove prisões preventivas foram efetuadas, além de dez mandados de busca e apreensão cumpridos em várias localidades, incluindo Samambaia (DF), Planaltina (GO), Serra (ES), Goiânia (GO) e Marabá (PA). Entre os alvos, estava um ex-candidato a vereador em Planaltina de Goiás. As acusações contra os envolvidos incluem organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas potenciais superiores a 15 anos de prisão e bens confiscados pela Justiça.