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Dois meses antes de executar namorada em Samambaia, homem ameaçou matar ex-esposa

Dois meses antes de executar Maria Mayanara Lopes Ribeiro, de 21 anos, Daniel Silva Vitor, 43, ameaçou matar uma ex-companheira. Após o feminicídio de Maria, a Justiça emitiu uma medida protetiva para a ex-mulher do assassino.

Daniel matou Maria no assentamento Leão de Judá, em Samambaia Norte, na quinta-feira (14/11). O suspeito fugiu, mas foi preso na terça-feira (19/11). A 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul) investiga o caso.

Por questão de segurança, o Metrópoles não vai identificar a ex-companheira de Daniel. Ela será tratada pelo nome fictício de “Ana”. O ex-casal teve dois filhos.

Ao solicitar a medida protetiva, Ana contou que foi ofendida verbalmente, ameaçada e agredida fisicamente por Daniel em diversas ocasiões, mas nunca registrou ocorrência policial, por medo. O casal tinha se separado há aproximadamente 20 anos. Porém, em fevereiro, Ana soube que Daniel estaria vivendo em situação de rua nos arredores do cemitério de Sobradinho.

Ajuda

Ana ajudou Daniel. Conseguiu uma moradia para o ex-companheiro no assentamento Leão de Judá. Logo depois, Daniel teria conhecido Maria Mayanara e começado um novo relacionamento.

No dia 14 de setembro de 2024, dois meses antes do feminicídio de Maria, Ana encontrou com Daniel no assentamento, por volta das 12h.

Ameaça de morte

Segundo Ana, Daniel estava muito nervoso, sem motivo aparente. Neste momento, Daniel teria dito que iria matá-la, caso ela aparecesse novamente no local.

Além da ameaça, Daniel ofendeu a ex-companheira, xingando-a de “gorda escrota” e outras palavras de baixo calão. Com medo, a mulher deixou o local e não voltou mais ao assentamento.

Medida protetiva

No dia 15 de novembro de 2024, um dia após o feminicídio de Maria, enquanto Daniel ainda estava foragido, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) concedeu as medidas protetivas para Ana.

Segundo a decisão, Daniel está proibido de se aproximar da vítima, respeitando o limite mínimo de 300 metros de distância. O feminicinada não pode ter de contato com a ex-companheira, por qualquer meio de comunicação, tais como ligação telefônica, WhatsApp, e-mail, Facebook, Instagram e outros.

O crime

Daniel fugiu após esfaquear Maria Mayanara. Testemunhas relataram que a vítima de feminicídio foi assassinada na frente dos filhos e do irmão. O casal estava junto havia cerca de seis meses. Parentes de Maria Mayanara detalharam que o criminoso ameaçou matá-la caso ela terminasse o relacionamento.

Uma cunhada da vítima, que pediu para não ser identificada, contou ao Metrópoles que Daniel apresentava traços de agressividade. “Ele é muito violento. E ela [Maria Mayanara] tinha medo de terminar, porque ele ameaçava matá-la e a família dela também”, relatou.

Mãe

Outras pessoas próximas ao casal detalharam que Daniel havia quebrado o celular da companheira e, por este motivo, ela estaria sem acesso às mídias sociais. No momento em que foi assassinada, Maria Mayanara falava ao telefone com a mãe, que ouviu todo o ataque de Daniel, bem como os pedidos de socorro da filha.

Fonte: Metropóles-DF
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