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Estudante de Samambaia Sul é aprovado em mestrado na China

Recém-formado, o brasiliense Carlos Eduardo de Brito Santos, 22 anos, foi selecionado para um mestrado em economia na China, na área de administração de negócios (MBA), na China Agricultural University (CAU). Em julho deste ano, ele se graduou em relações internacionais na Universidade Católica de Brasília (UCB), em pouco mais de três anos.

O desejo de cursar a especialização surgiu enquanto estava fazendo o trabalho de conclusão de curso (TCC), quando o professor Rui Caldas, coordenador do curso de ciências agrícolas, propôs que se inscrevesse para o mestrado na universidade. “O professor me explicou sobre a possibilidade de fazer o mestrado na China em uma conversa no café; disse da importância desse estudo para o comércio exterior no Brasil e descreveu como seria o processo de inscrição”, lembra.

Naquele momento, porém, ele conta que não havia interesse em continuar no ambiente acadêmico, e tinha foco maior em se ingressar no mercado de trabalho. Profissionalmente, Carlos Eduardo já tinha participado da Conex, empresa júnior de relações internacionais da UCB, onde percebeu o interesse no comércio exterior. Logo depois, fundou uma empresa de comunicação junto a seus amigos.

Carlos Eduardo Santos, de azul, à esquerda, no escritório da Conex, projeto de extensão da UCB.
Interesse de Carlos (E) pela área surgiu na empresa júnior Conex(foto: Arquivo pessoal)

“Criei essa empresa que envolve marketing, tráfego pago e mídia social com eles [meus amigos], um negócio que está dando certo; e mesmo que não seja minha área de formação, me considero uma pessoa muito movida, gosto de transitar entre áreas diferentes”. Apesar de estar em um país diferente e de se dedicar ao mestrado, ele pretende seguir com os trabalhos nessa empresa.

Oportunidade

No entanto, Carlos Eduardo teve o interesse despertado pela pós-graduação durante o processo de inscrição, quando viu a possibilidade de crescimento profissional e a chance de conhecer outro país. “A China é a maior parceira do Brasil no comércio exterior no setor da agricultura, então, com certeza, isso será importante para minha carreira; e também é uma chance de que eu possa aprender mandarim”, descreve.

Mesmo que veja o futuro de forma aberta, essa é uma das áreas com as quais se vê trabalhando no futuro. “Expectativa é o que não falta, porque vai ser grandioso para minha carreira. Morar sozinho em uma cultura diferente vai ser grandioso para mim. Em termos profissionais, vai abrir portas para mim no mercado de trabalho”.

Considerando que a relação entre Brasil e China é fundamental para ambas as economias, estudar esse tema no país parceiro oferece uma oportunidade única de entender as dinâmicas comerciais diretamente no epicentro das decisões econômicas globais. Além de ampliar conhecimentos sobre o sistema econômico chinês, a experiência permite networking com especialistas e acesso a políticas comerciais de ponta, preparando os estudantes para atuar em um mercado cada vez mais competitivo.

Experiência

Carlos Eduardo conta que o interesse em cursar relações internacionais surgiu pela curiosidade em conhecer países diferentes. “Como todo mundo que entra no curso, para mim, sempre quis viajar, tinha curiosidade em conhecer novas culturas e novos países. Então, a minha mãe sugeriu que eu tentasse relações internacionais, que tem a ver comigo e tem um mercado amplo também”.

Entretanto, a experiência do início do curso, em 2021, foi difícil por conta do isolamento social que forçou os alunos a estudarem a distância. “No início, por ter entrado no ensino remoto, tive uma experiência um pouco decepcionante”, descreve, devido à adaptabilidade.

Em 2022, as aulas da UCB voltaram a ser presenciais, e Carlos Eduardo pôde aproveitar mais a universidade, e também passou a se identificar mais com o curso. “Assim que as aulas voltaram, meu interesse também voltou e ingressei para a Conex, empresa júnior, que é onde me tornei diretor e me interessei pela área do comércio exterior”, disse o morador de Samambaia Sul.

*Estagiária sob supervisão de Marina Rodrigues

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