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Moradores de ocupação no DF sofrem com diarreia e irritação na pele por suspeita de água contaminada de córrego em Samambaia

Os moradores do acampamento Rosa Luxemburgo, às margens da BR-060, têm sofrido com diversas enfermidades, como irritações na pele, diarreia e mal-estar. Apesar de ainda não haver comprovação em laudo sobre o que os adoece, a suspeita recai na água usada por eles. Criado em 2 de abril de 2015, o acampamento Rosa Luxemburgo é abastecido, predominantemente, pelo córrego Samambaia, afluente do rio Melchior.

A água vinda do córrego é usada para lavar louças, consumo de animais e banho. Para a alimentação, os moradores preferem comprar galões de água mineral. 

“Às vezes, a água nem fica escura. Mas a gente sente o cheiro. Vem um cheiro bem forte”, conta a presidente da Associação dos Pequenos Agricultores (ASPEAGRL) e fundadora do acampamento Rosa Luxemburgo, Petra Magalhães, de 47 anos.

Além de estar em constante contato com o Rio Melchior, que é classificado como nível 4, o pior na graduação de alarme, moradores do Rosa Luxemburgo acusam empresas de contaminar ainda mais a água.

“Ano após ano, uma empresa joga os dejetos da fábrica na água e a contamina. Você não consegue sequer chegar perto da água, porque a água fica podre”, conta a fundadora do acampamento.

O secretário da ASPEAGRL, Agnelo Mourão, 53, conta que já presenciou o momento em que os dejetos industriais chegam no córrego. “Essa água fica branquinha, branquinha. Uma vez, eu e minha esposa estávamos lavando a roupa aqui [no córrego] quando os dejetos começaram a descer. A água fica branquinha e nossa mão, engordurada”, relata.

A filha de Agnelo tem apenas 5 anos e já sofre com irritações na pele. O secretário da ASPEAGRL escolheu gastar um pouco mais e começar a dar banho com água mineral na menina. “São pelo menos R$ 60 toda semana só para isso”, diz.

Petra afirma que o acampamento já procurou diversas vezes a ajuda de órgãos públicos, “mas eles não vêm”.

Uma situação semelhante acontece com famílias no Setor Cerâmica, em Samambaia, como mostrou o Metrópoles em agosto.

Para o professor do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) José Francisco Gonçalves, 51 anos, uma grande investigação do poder público com os órgãos competentes teria que ser feita para entender o que acontece no acampamento Rosa Luxemburgo.

Fonte Metropoles

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