20.5 C
Brasília
domingo, 24/11/2024
- Patrocinado -bar do GG
InícioDestaquesRevitalizações superficiais não resolvem problemas graves no Hospital Regional de Samambaia

Revitalizações superficiais não resolvem problemas graves no Hospital Regional de Samambaia

Apesar das recentes melhorias anunciadas, o Hospital Regional de Samambaia (HRSam) continua enfrentando desafios significativos que comprometem a qualidade do atendimento prestado à comunidade, garantem moradores da cidade. Embora as reformas no centro cirúrgico, cozinha, refeitório e corredores sejam divulgadas como marcos dos 20 anos da unidade, a realidade interna é bem diferente.

A inauguração da primeira fase, que ampliou o refeitório para servidores, pode dar a impressão de que o hospital está evoluindo, mas a verdade é que essas mudanças são apenas paliativas. A situação no HRSam permanece crítica, com a capacidade operacional comprometida e uma série de problemas urgentes não abordados pelas reformas anunciadas.

Embora a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, esteja otimista com o crescimento do hospital ao longo dos anos, é importante destacar que o progresso em infraestrutura não é suficiente para resolver as questões cruciais. As melhorias limitadas não compensam a falta de investimentos adequados em recursos humanos, medicamentos, insumos e tecnologias. A equipe do HRSam está sobrecarregada, com uma demanda crescente de pacientes e um quadro de funcionários insuficiente para atender a todas as necessidades.

“Embora as melhorias anunciadas sejam positivas, ainda enfrentamos uma realidade preocupante no Hospital de Samambaia. A demora no atendimento e algumas vezes a falta de médico para várias especialidades só diminui o tamanho daquele lugar, porque deixa de atender casos até graves”, Renata Oliveira, residente de Samambaia.

“Até que enfim fizeram umas mudanças por lá, mas só isso não resolve, mano. Precisa é de mais médico, mais atendimento rápido e de qualidade. Tem que investir mesmo, senão a gente fica na mão quando mais precisa”, Carlos Souza, paciente do HRSam.

Além disso, as reformas não abordam os problemas estruturais que afetam diretamente a qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população. O sistema de triagem e a gestão dos recursos disponíveis também carecem de aprimoramentos significativos.

É imprescindível que sejam realizados investimentos substanciais para enfrentar os desafios atuais do HRSam. A falta de leitos, a demora no atendimento e a deficiência na prestação de serviços essenciais, como exames e cirurgias, são questões que não podem ser ignoradas.

Enquanto as reformas são anunciadas como uma celebração dos 20 anos do hospital, é fundamental que a realidade seja reconhecida: o HRSam enfrenta graves problemas estruturais e precisa de um compromisso sério para garantir um atendimento de qualidade à população de Samambaia e região.

O que dizem as autoridades

“O que mais me dá alegria é olharmos para trás e vermos o crescimento do Hospital Regional de Samambaia”, afirma a gestora, que é ginecologista e atuou no HRSam nos primeiros anos de funcionamento. Lucilene Florêncio explicou que as melhorias em curso foram possíveis por conta dos investimentos que têm sido realizados em toda a rede da Secretaria de Saúde. “Nós temos trabalhado diuturnamente para entregarmos melhorias”, destaca, ressaltando os investimentos em medicamentos, insumos, tecnologias e infraestrutura predial.

De acordo com o diretor do HRSam, Luiz Claudio Agnello, o refeitório de servidores foi ampliado de 20 para 66 vagas, uma medida necessária por conta do reforço do quadro de funcionários, principalmente após a inauguração do anexo inicialmente chamado de “hospital acoplado”, em 2021, durante a fase mais crítica da pandemia de covid-19. Hoje, são cerca de 1.500 servidores para realizar serviços de atendimento de urgência e emergência, clínica médica, ginecologia e obstetrícia, exames de radiografia e ecografia, mastologia, cirurgia geral, cirurgia ginecológica e exames diversos, dentre outras atividades. O HRSam também conta com um banco de leite.

“São mais de 20 anos recebendo a população de Samambaia e do Entorno”, acrescentou o diretor. Ele destacou o número de cirurgias realizadas no HRSam, chegando a três mil por ano. Além disso, a unidade tem atuado como retaguarda para as unidades de pronto atendimento e, junto com o Hospital Regional de Taguatinga (HRT), compõem a Região de Saúde Sudoeste, uma área onde há a coordenação de mais de cem unidades da Secretaria de Saúde.

NOTÍCIAS RELACIONADAS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

Últimas Notícias