A Polícia Civil concluiu, nesta segunda-feira (10), o laudo da morte da mulher que caiu da janela da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia, no Distrito Federal, em março deste ano. Segundo o documento, Cidalva Prates Guedes, de 53 anos, teve traumatismo craniano causado pela queda. Conhecida como Cida, ela era bastante querida na feira da 210 de Samambaia Norte, local onde a mulher trabalhava em seu bar.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) traz o relato de um médico do Hospital de Base, em Brasília. Segundo o profissional, Cidalva apresentou desorientação e delírio enquanto estava na UPA, o que a levou a tentar fugir. O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges), responsável pela administração da UPA, não se manifestou sobre o laudo.
A mulher estava internada na unidade por causa de um quadra grave de dengue e, segundo a equipe médica, “teve delírios e pulou sozinha da sala vermelha”, no dia 9 de março. Ela foi transferida para o Hospital de Base, onde a morte foi confirmada no dia 14 do mesmo mês (veja detalhes abaixo).
Ainda de acordo com o documento, Cidalva teve “uma ferida extensa, medindo cerca de 8 centímetros, localizada no couro cabeludo”. Além da dengue, a paciente tinha “alterações compatíveis com hepatopatia crônica, que é o fígado com aspecto cirrótico, além de alterações renais”.
O laudo aponta que, apesar desses problemas “não terem sido a causa direta da morte, contribuíram para debilidade do quadro clínico geral da paciente”. A família de Cidalva aguarda a conclusão do inquérito pela Polícia Civil e informou que pretende entrar com uma ação contra o GDF e o Iges.
À época, o Iges disse que a equipe prestou toda assistência à mulher. O caso é investigado pela 19ª Delegacia de Polícia, em Ceilândia.
Fonte G1 DF