24.5 C
Brasília
sexta-feira, 26/07/2024
- Patrocinado -bar do GG
InícioDestaquesMorte de mulher por engasgo em Samambaia passa a ser investigada como...

Morte de mulher por engasgo em Samambaia passa a ser investigada como feminicídio. Entenda o caso

Uma morte aparentemente causada por engasgo de uma carne teve uma reviravolta e passou a ser investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como feminicídio. Nesta segunda-feira (17/7), investigadores da 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte), presididos pelos delegados Fernando Fernandes e Marcos Miranda, cumpriram um mandado de prisão temporária contra Marcus Renato de Sousa da Silveira, 44 anos. Ele é acusado de esganar e matar a namorada, Elaine Vieira de Jesus Dias.

Elaine morreu entre a noite de 22 e 23 de março, dentro da casa de Renato, com quem mantinha um relacionamento de cerca de nove meses. O Correio teve acesso com exclusividade ao depoimento prestado por Marcus na delegacia. À polícia, o homem contou que, na manhã de 20 de março, teve um pequeno desentendimento com a mulher e ela saiu de casa e os dois não conversaram durante o dia.

No começo da noite, Elaine teria postado uma foto no Instagram em um bar do Guará. Em um dos telefonemas feito por Marcus à mulher, um colega de Elaine teria atendido e afirmou que estava com ela. Por volta das 22h, Elaine atendeu uma segunda ligação feita pelo namorado e perguntou se podia dormir na casa dele.

A mulher chegou à casa do namorado em um transporte por aplicativo. Na oitiva aos investigadores, Marcus alegou que Elaine estaria bêbada. Disse, ainda, que a mulher pegou um prato de comida na cozinha e foi para o quarto, momento em que, segundo ele, percebeu que ela estava caída no chão engasgada com um pedaço de carne. O homem chegou a acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e as equipes conduziram a mulher até o Hospital Regional de Samambaia (HRS).

Desconfiança

O laudo de corpo delito do Instituto de Medicina Legal (IML) atestou que foram observados diversos hematomas no corpo de Elaine, como nos joelhos, nos cotovelos e no pescoço da mulher, o que reforça a hipótese de que ela teria sido esganada. As marcas foram observadas por uma colega de Elaine durante o próprio sepultamento da vítima.

No depoimento à polícia, a amiga de Elaine contou que ela apresentava lesões visíveis e estranhou. Ao ser questionada sobre o relacionamento entre Elaine e Marcus, a amiga descreveu que o namoro era conturbado e ouviu queixas da amiga quanto ao comportamento abusivo, rude e hostil do companheiro.

O depoimento da testemunha foi revelador para a polícia. Na conversa, a mulher contou que telefonou para Elaine na noite do ocorrido e, na ligação, escutou a amiga chorar, gritar e dizer: “Renato, não faz isso comigo”.

Outra linha que faz os investigadores desconfiarem que Marcus tenha envolvimento na morte de Elaine é o fato dele não ter comparecido ao velório da própria namorada e, depois da morte da companheira, ir à casa da mãe de Elaine para ameaçá-la. Conforme consta na denúncia, Marcus fingiu ser síndico para conseguir entrar no condomínio, danificou a porta do apartamento e fugiu ao ser confrontado pelos vizinhos.

A prisão temporária de Marcus é de 30 dias e foi deferida pelo juiz Fabrício Castagna. A Justiça autorizou ainda a busca e apreensão na casa do suspeito e a quebra de sigilo dos dados dos aparelhos eletrônicos.

FONTE CORREIO BRAZILENSE

NOTÍCIAS RELACIONADAS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!

Últimas Notícias